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Dinâmicas de mercado_pt

Fabricantes nacionais lutam para manter ritmo, apesar da economia fraca

Tempo: 2015-02-15 Fonte de: www.plastico.com.br
O ano de 2014 não foi uma maravilha para os fabricantes de máquinas e acessórios para plástico. Também não chegou a ser catastrófico. De acordo com o tipo de máquina oferecido e o perfil dos clientes, as empresas apresentaram resultados positivos ou negativos. Na média, foi razoável. “O ano está igual ou um pouco melhor que 2013, que havia sido bom para o setor. As vendas de injetoras e sopradoras tiveram um início de ano morno e aceleraram no segundo semestre. Já as de extrusoras, máquinas de corte e solda e periféricos foram razoavelmente boas”, informa Gino Paulucci Júnior, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Plástico Moderno,Paulucci: resultados deste ano são melhores que os de 2013 Paulucci: resultados deste ano são melhores que os de 2013 O dirigente ressalta a importância do cenário econômico para o desempenho. “O baixo crescimento não é bom para ninguém, não seria diferente para nós”. Ele faz uma ressalva. “O setor cresceu um pouco acima do PIB, atendemos setores que também cresceram mais do que o PIB”. A concorrência dos fabricantes internacionais tem influência em alguns casos. “As importações atingem de maneira desigual os fornecedores de diferentes tipos de máquinas. Alguns sofrem muito, especialmente quando o dólar está baixo”. O dirigente acredita que o atual patamar da moeda norte-americana, com as valorizações ocorridas nos últimos tempos, ficou mais próximo do adequado para a maioria das empresas. Seria bom se ainda sofresse alguma correção. Medidas tomadas pelo governo federal para proteger a indústria de máquinas e equipamentos, como desoneração da folha de pagamentos, redução de IPI, financiamento a juros mais adequados pelo Finame e margens de preferência obrigatórias para produtos nacionais, ainda estão em vigor e ajudam. Porém não são suficientes. “Entendemos ser necessário acabar com o ‘tripé do mal’, ou seja, juros elevados, câmbio defasado e tributos extremamente complexos e altos”. De qualquer forma, a expectativa de diálogo com os novos responsáveis pela política econômica do País é positiva. “As medidas citadas acima demonstram que o governo está sensível ao setor”. O fato de se iniciar novo mandato presidencial é visto com otimismo. “Teremos novos quadros ocupando cargos importantes. Que venham também as medidas necessárias para que possamos usar todo o potencial da indústria de bens de capital”. Para o dirigente, em termos de tecnologia, a indústria brasileira de máquinas e periféricos para a transformação do plástico não fica atrás da de qualquer outro país. “Investimos muito em inovação nos últimos anos e nos reinventamos todos os dias em nossas fábricas”. Prova da competitividade se encontra na aceitação dos equipamentos nacionais. Exportamos para todo o continente americano, incluindo Estados Unidos, além de para países da Europa, África, Oceania e Ásia. “Somos um setor maduro e moderno, em se tratando de tecnologia, e competitivo, se trabalharmos com taxas civilizadas de câmbio”. A Abimaq não informa dados específicos sobre as vendas de máquinas e equipamentos para o setor de plástico. Ao comparar esse nicho de atuação com o setor como um todo, esse nicho teve melhor desempenho. Dados da associação revelam que no acumulado até outubro, o faturamento da indústria de máquinas e equipamentos, considerando todos os setores da economia, caiu 15,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. Quando comparado com setembro, apresentou aumento de 6,9%. A expectativa é de queda de 10% no ano em relação a 2013.