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PVC – Demanda da resina cresce atrelada ao bom momento da construção civil no país
Tempo: 2015-02-04 Fonte de: www.plastico.com.br
A cadeia industrial ligada à transformação de peças de PVC vai bem. No ano passado, o consumo dessa matéria-prima deve ter ficado na casa dos 1,2 milhão de toneladas, volume em torno de 4% superior ao de 2010 e superior ao crescimento estimado do PIB. Os números não são oficiais.
Plástico, PVC - Demanda da resina cresce atrelada ao bom momento da construção civil no país
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Para 2012, as perspectivas são boas. A expectativa é de aumento das vendas entre 4% e 5%. Alguns são os motivos para o otimismo. O principal: a construção civil, maior usuária da resina, vive momento positivo. De acordo com informações da Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast), a produção de tubos, conexões, fios e cabos, perfis e forros, pisos, eletrodutos e mangueiras representa cerca de 70% do total consumido. Investimentos em infraestrutura, caso de obras em saneamento básico, distribuição de água potável e outras, colaboram com o bom humor. Os preparativos para os dois grandes eventos esportivos previstos para o país, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, também injetam ânimo entre os empresários do setor.
Novas aplicações prometem fazer sucesso. As mais comentadas são o uso do PVC para a fabricação de telhas, projeto do grupo Precon, e o projeto concreto/PVC, lançado há pouco tempo pela Global Housing, que prevê o uso de perfis do plástico preenchidos com concreto para a fabricação de casas populares. Outros segmentos também utilizam o material de forma regular e vivem momentos positivos. Entre eles, os de bolsas e calçados, brinquedos, embalagens rígidas e flexíveis e a indústria hospitalar.
O cenário não é capaz de erradicar o mal-estar cultivado nos últimos anos entre os fornecedores nacionais de PVC e os
Plástico, Marcelo Cerqueira, diretor de negócios de PVC da Braskem, PVC - Demanda da resina cresce atrelada ao bom momento da construção civil no país
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transformadores. A produção nacional de PVC é insuficiente para abastecer o mercado interno. Os dois produtores nacionais, Braskem e Solvay Indupa, fecharam 2011 com capacidade de produção anual na casa das 810 mil toneladas.
A incapacidade de atender à demanda interna ocorre em paralelo a uma medida que vigora há vinte anos e foi revalidada em 2011 por um período de mais cinco anos. A legislação prevê o protecionismo dos fabricantes nacionais da matéria-prima contra o dumping feito por alguns países que exportam para o Brasil. Uma ressalva: esse ano, um fato vai reduzir a dependência de importação. A Braskem incrementará sua produção, hoje estimada em 510 mil toneladas/ano, para 710 mil toneladas/ano. Isso ocorrerá a partir de maio, data prevista para a inauguração da expansão de sua planta localizada em Marechal Deodoro-AL.
Para Braskem e Solvay Indupa, medida para lá de justa. Para representantes dos transformadores, protecionismo responsável pela perda de competitividade dos fabricantes de peças perante os importados. Eles também dizem que o prazo dessa proteção já teria sido para lá de suficiente para que os fabricantes investissem pelo menos para atender à demanda interna. A discussão promete se prolongar por tempo indeterminado.